Wizards of the Coast fala sobre controvérsia envolvendo ilustração e Inteligência Artificial

A discussão sobre o uso de artes produzidas ou aprimoradas por Inteligência Artificial (IA) em livros de RPG ressurge com força nos corredores da Wizards of the Coast! Histórico da controvérsia: Em agosto deste ano, a Wizards of the Coast, editora responsável pelo Dungeons & Dragons, se viu envolvida em polêmica devido ao emprego de artes geradas por IA em seus livros. Um artista encarregado do livro Bigby Presents: Glory of the Giants utilizou tais ferramentas para aprimorar uma de suas ilustrações.

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Quer saber mais sobre a controvérsia? Esta publicação oferece detalhes. Rapidamente, o público notou as distorções naturais presentes nesse tipo de ilustração e demandou um posicionamento da empresa. De fato, a arte em questão foi submetida a um tratamento por IA.

Quatro meses após o ocorrido, o tema volta à discussão. Desta vez, o motivo foi uma arte utilizada na divulgação dos novos livros básicos da 5ª Edição de Dungeons & Dragons, a serem lançados no próximo ano, em celebração aos cinquenta anos da franquia. Esta publicação apresenta o que a empresa planeja para 2024.

A controvérsia atual: Diversos membros da comunidade identificaram algumas deformidades na ilustração abaixo, acusando novamente a empresa de recorrer a tecnologias de IA para criar ilustrações, algo que a editora afirmou que não faria mais após os problemas com Bigby Presents: Glory of the Giants. Mantemos a arte na qualidade original divulgada pela Wizards of the Coast para que possa notar os detalhes. Nestor Ossandon é o autor da obra mencionada. O ilustrador tem uma longa parceria com a Wizards of the Coast, contribuindo com seu talento para as franquias Dungeons & Dragons e Magic: The Gathering. Várias de suas obras disponíveis no Artstation, onde os artistas costumam expor seus portfólios, são marcadas com “No AI” (não foi criado utilizando Inteligência Artificial).

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A resposta do artista: Christian Hoffer, editor do portal ComicBook, contatou o artista, que respondeu ao e-mail do jornalista da seguinte maneira:

“Primeiramente, eu não utilizo inteligência artificial em meu trabalho (‘No AI’), e ninguém além de você (repórter) e meu diretor questionaram isso. Esta ilustração foi completamente pintada e é um dos meus trabalhos recentes favoritos que concluí.”

“Se você observar meus trabalhos anteriores, notará que minha tendência é bastante similar quando se trata de pintura. Sempre uso cores frias e quentes nos rostos. Isso foi possível graças ao trabalho conjunto com o diretor de arte, que me deu a liberdade e o tempo necessários para desenvolvê-lo.”

“Este personagem foi pintado do zero com tinta cinza e, em seguida, utilizando a técnica de sobreposição de cores. Posteriormente, acrescentei tonalidades frias para criar a atmosfera e as luzes. Levei mais de duas semanas para finalizá-lo e meu diretor ficou muito satisfeito com o resultado.”

RESPOSTA DE NESTOR OSSANDON AO E-MAIL DE CHRISTIAN HOFFER.

Junto com a resposta, o autor anexou os esboços da arte. O autor também se posicionou em sua conta no Artstation:

“Este é um trabalho que fiz para Dungeons & Dragons – Wizards of the Coast. Ouvi rumores de que este trabalho teria envolvido intervenção de inteligência artificial, e essa informação é COMPLETAMENTE FALSA. Devo enfatizar que este trabalho foi feito inteiramente por mim.”

“Cada pincelada, cada volume e cada elemento foram pensados e executados por mim. Trabalho há aproximadamente 15 anos, e desenhar e pintar me proporciona grande prazer. Às vezes, demanda muito tempo, como foi o caso aqui. Mais de duas semanas dedicadas, arduamente, em frente ao meu tablet. Com a direção de arte, pude seguir adiante com esse projeto. Espero que você aprecie tanto quanto eu apreciei criá-lo.”

PUBLICAÇÃO DO ARTISTA NO ARTSTATION.

O pronunciamento da Wizards of the Coast: Por fim, a Wizards of the Coast se manifestou publicamente para reiterar que não utilizará artes geradas por inteligência artificial em suas publicações.

“Por 50 anos, D&D foi moldado por inovação, engenhosidade e o árduo trabalho de pessoas talentosas, resultando em um jogo rico em criatividade e beleza. Isso não mudará. Nossas diretrizes internas permanecem as mesmas quando se trata de ferramentas de inteligência artificial: exigimos que artistas, escritores e criadores que contribuam com D&D não utilizem ferramentas de geração por IA para criar produtos finais de D&D. Trabalhamos com alguns dos artistas mais talentosos e criativos do mundo, e acreditamos que são essas pessoas que fazem de D&D algo grandioso.”

PUBLICAÇÃO DA WIZARDS OF THE COAST, VIA D&D BEYOND.

No antigo Twitter (X), entretanto, muitos enfatizaram o trecho “não utilizem ferramentas de geração por IA para criar produtos finais de D&D”. Segundo os fãs de Dungeons & Dragons, como está escrito, isso não impede o estúdio e seus funcionários de usarem ferramentas de inteligência artificial durante o processo de criação. A editora não se pronunciou sobre esse trecho.

Adicionalmente, a publicação está repleta de reclamações dos fãs sobre as demissões ocorridas na última semana. A Hasbro dispensou mais de 1.100 funcionários de diferentes departamentos e subsidiárias, a poucas semanas do Natal. Com o aumento da popularidade das ferramentas de inteligência artificial, é natural que essas questões se tornem cada vez mais frequentes daqui em diante.

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