Review: Destinos – Vale a Pena Comprar?

Recentemente tivemos a oportunidade de jogar Destinos, que foi lançado no Brasil pela Mosaico Jogos e já está disponível AQUI. Unindo o foco em uma história aberta com exploração de cenários e o uso de um aplicativo para avançar na partida, ele é uma mistura de jogo de tabuleiro, RPG de mesa e RPG digital.

Aqui, você e mais dois amigos são lançados em um mundo medieval obscuro, e seu objetivo é cumprir seu destino antes dos adversários. Para isso você deverá explorar o mapa, interagir com NPCs, cumprir missões e coletar itens.

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O Aplicativo

O uso de aplicativos em jogos de tabuleiro tem se tornado uma prática mais recorrente. E Destinos faz um ótimo trabalho nesse sentido. Começando por auxiliar no setup, toda a montagem e preparação inicial é feita com o auxílio do app, o que torna tudo mais simples.

Quando você rola os dados, só precisa colocar a quantidade de sucessos que obteve (comparando com o valor daquele atributo do seu personagem) e o jogo te dirá o que aconteceu, tanto no caso do número ser suficiente ou de fracasso. Além disso o uso de cartas de itens também é feito através de um QR code. basta apontá-lo para a câmera, e o jogo te dá uma resposta.

Tela de seleção de personagem em Destinos, com o porta retrato dos personagens Nobre, Bruxa e Caçador.

Outro ponto interessante é que a introdução de cada história é dublada por Ricardo Juarez, a voz do Kratos, de God of War. E apesar dos demais diálogos e personagens não terem dublagem, os efeitos sonoros ajudam a manter a ambientação, sem tirar a atenção do jogo.

Destinos Cruzados

Como eu disse antes, o objetivo de cada jogador é tentar cumprir o seu destino. Isso é decidido pela carta de destino do seu personagem. Ela vem com dois objetivos possíveis, mas você só precisa realizar um deles para ser o ganhador. E apesar dos jogadores não poderem interferir diretamente um com o outro, seus destinos podem exigir recursos semelhantes, transformando a partida em uma corrida contra o tempo.

O tabuleiro do jogador, com a ficha de destino do personagem Nobre em cima, Os 5 dados e cinco cartas de item embaixo.

Na nossa partida inicial, por exemplo, jogávamos com o nobre, a bruxa e o caçador, investigando os ataques de uma besta, que já havia matado pessoas. Um dos destinos do nobre, pedia que ele ajudasse três moradores da cidade, para que eles se unissem a ele na caçada ao monstro. Já a bruxa precisava ajudar três moradores para convencê-los a participar de um ritual de cura, possivelmente revertendo a maldição da besta.

Porém existe um número limitado de pessoas precisando de ajuda, e você deve explorar o mapa para encontrá-las, então apenas um deles vai sair na frente. E como os objetivos são secretos, você só começa a deduzir se alguém está atrás da mesma coisa que você conforme a partida avança. É uma mecânica que ajuda a aumentar a tensão das partidas.

O Tempo Passa

Outro ponto que preciso falar, é como o jogo te passa a sensação de realmente estar em mundo vivo. NPCs se movem depois de certas rodadas, indo para outros locais do mapa ou saindo de cena por um período. Novos personagens surgem com novas quests, e algumas delas podem ter consequências definitivas também.

Em certo ponto da nossa partida, um dos jogadores terminou uma missão a pedido de uma figura importante no vilarejo. E no dia seguinte, em consequência dessa ação, um NPC foi morto.

Vale a Pena?

Uma das principais impressões que tive jogando Destinos foi a de que o jogo é quase um “RPG light”. Você tem diálogos, é preciso fazer escolhas, seu personagem tem atributos que podem ser evoluídos (ou piorados). Mas tudo isso com regras simples, tornando as partidas ágeis, e amigáveis para iniciantes.

Somando isso ao fato de que a mesma história pode ter um final diferente dependendo do vencedor e do destino cumprido, você tem um jogo que não só vale muito a pena, mas que também verá mesa frequentemente no seu grupo de jogo.

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